Por: SentiLecto

Por obstáculos impostos pela vida, talento Hildete Souza precisou abandonar os estudos aos 10 anos. Agora com 61, decidiu recomeçar o sonho, protelado por cinco décadas, de se sentar-se no banco de uma universidade. É a primeira vez que ela faz o Exame Nacional do Ensino Médio , em busca de cursar Medicina.

Ele também declarou ter se assombrado com a abstenção de candidatos no domingo passado , primeiro dia de prova. Na Bahia, chegou a 51% o número de pessoas que não fizeram o exame. Para Everton, não teria que haver Enem em meio aa ampliação de casos de Covid-19.

No domingo 17 de janeiro as amigas Maiara Félix, de 22 anos, Thaís Andrade, de 20, e Suelen Carvalho, de 22 anos, acreditavam que o Enem não deveria ser realizado nesse momento. Elas trabalhavam no Conexão Saúde, da Redes da Maré, um projeto que levava testes de coronavírus para a comunidade em parceria com a Fiocruz e outras organizações, e estudavam em um cursinho pré-vestibular comunitário.

O Exame Nacional do Ensino Médio é uma prova de admissão na educação superior realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, autarquia vinculada ao Ministério da Educação do Brasil.

— Precisei parar de estudar em 1970, 1971. Não tive chance de estudar, trabalho desde cedo. Agora, que eu instituí meus filhos e minha parte está feita, cuidarei de mim — conta.

— complicou-se minha preparação. Pra ter noção de como é o Enem, deve ter base, ter estudo. Com a pandemia, não teve aula. As únicas pessoas que me deram assistência foram minha avó, meu tio e minha tia, que me deram base — conta o aluno de 20 anos, primeiro a chegar no Colégio Estadual Manoel Devoto, um dos locais de aplicação de prova em Salvador.

Faz 5 anos, Hildete recomeçou os estudos. Como não tinha histórico escolar, precisou «iniciar do ABC», como ela mesma relata. Pelas provas do Encceja, conseguiu deduzi os ensinos fundamental e médio. Para estudar para o Enem, teve obstáculos diretamente proporcionais à sua força de vontade. Um percurso que teria sido menos penoso se as chances fossem igualitárias.

— Tive força de vontade, me esforcei muito. Tive que abrir mão de muita coisa. Viagens, passeios, estudei muito. Meu apoio foi bastante pouco. Estudei por livros antigos e aulas na internet — relata.

— Não desista dos seus sonhos. Quando você falece, seus sonhos só falecem — declara, com os olhos marejados.

Fonte: Extraoglobo-pt

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A história desta notícia a partir de notícias prévias:
>Aos 61 anos, candidata faz Enem pela primeira vez para cursar Medicina
>>>>>Enem 2020: Sem aulas, candidato teve ajuda de parentes professores na preparação para a prova – (Extraoglobo-pt)

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